O perdão é a cura das
memórias, o alivio do coração, a vingança dos fortes e o oxigênio da alma. O perdão
é uma necessidade vital e uma condição indispensável para termos uma vida de
paz com Deus, com nós mesmos e com o próximo. Uma vez que somos falhos e
pecadores, estamos sujeitos a erros. Por essa razão, temos motivos de queixas
uns contra os outros. As pessoas nos decepcionam e nós decepcionamos as
pessoas. É impossível termos uma vida cristã saudável sem o exercício do
perdão. Mas temos dificuldade em perdoar, porque exercemos pouca esta área
chamada perdão. Perdoar é perder, somos treinados para competir, e ganhar significa
ser respeitado. Neste contexto, perdoar é se mostrar fraco, porque dentro de
cada um de nós há o desejo da desforra dente por dente e olho por olho. Quem
não perdoa não pode adorar a Deus, nem mesmo trazer sua oferta ao altar “Portanto,
se trouxeres a tua oferta ao altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem
alguma coisa contra ti” (Mt 5.23). Quem não perdoa tem suas orações interrompidas:
“Igualmente vós, maridos, coabitai com elas com entendimento, dando honra à
mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da
vida; para que não sejam impedidas as vossas orações” (1Pe 3.6). Quem não
perdoa nem mesmo pode receber o perdão de Deus. Quem não perdoa adoece
fisicamente, emocionalmente e espiritualmente. Quem não perdoa é entregue aos
verdugos da consciência (Os verdugos eram guardas de prisão do tempo de Jesus,
que tornavam a vida do prisioneiro mais amarga, pois com uma vara ou um
chicote, espancavam diariamente os criminosos). Mt 18.23-35 (NVI) Por isso, o
Reino dos céus é como um rei que desejava acertar contas com seus servos. Quando
começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe devia uma enorme
quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor ordenou que
ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para
pagar a dívida. O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência
comigo, e eu te pagarei tudo’’. O senhor daquele servo teve compaixão dele,
cancelou a dívida e o deixou ir. Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de
seus conservos, que lhe devia cem denários. Agarrou-o e começou a sufocá-lo,
dizendo: ‘Pague-me o que me deve! Então o seu conservo caiu de joelhos e
implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. Mas ele não quis.
Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os
outros servos, companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito
tristes e foram contar ao seu senhor tudo o que havia acontecido. Então o
senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau, cancelei toda a sua dívida porque
você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do seu conservo como eu
tive de você? Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que pagasse
tudo o que devia. Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês
não perdoar de coração a seu irmão. O perdão, portanto, não
é uma opção para o crente, mas uma necessidade imperativa.
Referência:
RUBIM, Renato. Ou você perdoa ou adoece. Edificar
Editora.
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