segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Natal



Papai Noel
Santa Claus, São Nicolau ou Papai Noel é um dos principais símbolos do Natal. Essa figura bonachona, vestida de vermelho e o indefectível gorro com ponta de “pom-pom” é conhecida mundialmente, graças ao apelo comercial que ela encerra. Papai Noel é senhor de muitas lendas. Em cada país, cada região, os povos se esmeram em suas fantasias e vestem Noel conforme as lendas que ultrapassaram séculos de tradições e práticas. Também, as lendas encerram o apelo do subconsciente a um comportamento infantil mais adequado à vontade dos pais – via comunicação direta com o “bom velhinho” – que só autorizam presentes mediante o bom comportamento de seus pimpolhos. Sem dúvida, uma forma criativa de repressão à traquinagens da petizada, que tratam de moderar nos finais de ano.
A lenda mais conhecida de Papai Noel é a que estabelece suas origens em São Nicolau. Esse religioso, que se tornou bispo de Myra (uns dizem que era arcebispo), na Turquia, realmente existiu e os historiadores têm-no como inspirador da figura de Noel porque costumava presentear as crianças na época do Natal.

Árvore de Natal
A árvore de natal é de origem germânica. No tempo de São Bonifácio, foi dotada para substituir os sacrifícios ao Carvalho sagrado de Odin, adorando-se uma árvore em homenagem ao Deus-menino.
No Carvalho sagrado de Odin, eram colocados presentes, para que as crianças pegassem, fato parecido com o que acontece hoje nas festas de Cosme e Damião, em que as pessoas oferecem doces e presentes à criançada.
Odin era um deus da mitologia germânica, chamado também de Wotan. Era considerado o demônio do mundo. Tinha dois irmãos, Vili e Vé. Segundo a lenda, Odin e seus irmãos mataram o gigante Ymir e de sua carne formaram o mar; dos ossos, criaram as montanhas; dos cabelos, fizeram as árvores; e do seu crânio, a abóbada celeste. Fizeram, ainda, de dois troncos de árvore, o primeiro par humano, Ak e Embla. Esta é uma explicação grosseira que o inferno usa para substituir os atos da criação que o nosso Deus realizou, tal como descritos em Gênesis I.
A principal função "divina" de Odin era a de deus da guerra; trazia na mão a lança Gungir, cujo golpe nenhuma força poderia conter, e montava o cavalo Sleipnir, que tinha oito patas, e no qual cavalgou até Yggdrasill, árvore onde se sacrificou, para si mesmo, pendurado por uma lança nesta "Árvore do Mundo"(ou "Grande Árvore").
Ele tinha, ainda, o Dom de tomar múltiplas formas. Quando surgia como humano, adquiria as feições de um homem barbudo, caolho, usando um chapéu de abas largas e se envolvia numa vasta capa.
Como os "santos" romanos não conseguiam acabar com esta adoração fetichista, trocaram a adoração à "Árvore do Mundo" pela árvore de natal.
Atualmente, o natal é celebrado as mais variadas maneiras. A mais perversa é o sentido comercial que ele tomou; em que os comerciantes enfeitavam suas lojas, as prefeituras fazem o mesmo com as cidades, as famílias se reúnem, não para comemorar o nascimento do Salvador, mas para festejar o natal com bebidas, carnalidade e tantas coisas mais.
Para a comemoração do natal, não é de hoje que várias ideias foram criadas, a fim de tornar a celebração mais emocionante, ideias estas que dariam mais vida à festa de natal. Coube a São Francisco de Assis a introdução do presépio no século XIII. Quanto à figura lendária de Papai Noel, ela deriva-se de São Nicolau (século IV d.C.), bispo da Ásia Menor, que, ao contrário da figura bonachona e barbuda do conhecido Bom Velhinho, era austero, porém com reputação de homem que fazia o bem e era generoso.
Os compositores, alguns sem o menor amor ao Senhor, fizeram lindas canções, em que, ao ouvi-las, tem-se a ideia de que não existem problemas no mundo. No instante em que as famílias brindam, desejando feliz natal uns aos outros, do lado de fora das casas, todas decoradas, cada uma competindo com a outra, na decoração, pessoas miseráveis continuam a trilhar os mesmos caminhos duros que já percorrem os seus ancestrais.
Resta uma pergunta que responde a toda e qualquer indagação sobre se devemos ou não comemorar o natal de Jesus: será que o Espírito Santo se esqueceu de colocar, na Palavra de Deus a data ou qualquer orientação para que a comemorássemos, ou será que o que estamos fazendo não é da vontade do Senhor?  

A data em que Jesus nasceu
Quando se questiona a data do nascimento de Jesus Cristo, logo surge esta pergunta: por que é convencional no mundo ocidental a maioria dos Cristãos celebrarem o natal de Jesus no dia 25 de dezembro? Estas e outras perguntas que envolvem a natividade de Jesus; tentaremos responder à luz da história, da Bíblia Sagrada e da lógica.
Quando nos dedicamos a estudar a história dos deuses, das religiões e dos povos Antigos, passamos a nos deparar com a data de 25 de dezembro como mostraremos nesta síntese histórica.
Na Babilônia antiga, o dia 25 de dezembro já era festejado, ocasião em que era celebrado o natal, festejando o nascimento do sol.
Na Índia e na China durante muitos séculos as solenidades têm sido celebradas no solstício do inverno, como é visto no livro do hinduísmo de Monier Willians.
Os Druidas um povo que viveu muito antes de Cristo, tinha por tradição festejar o aniversário de seus deuses no dia 25 de dezembro.
Os chineses afirmam também com muita veemência que Buda nasceu no dia 25 de dezembro.
Os antigos Persas celebravam o aniversário de seu “salvador e senhor” no dia 25 de dezembro, com canções sacras, músicas e trocas de presentes.
O dia 25 de dezembro era a data em que os egípcios comemoravam o aniversário de seus deuses. Para os Antigos egípcios, o dia 25 de dezembro era a data da fecundação de Ízis (A Rainha do céu e virgem mãe de Hórus).
O dia 25 de dezembro era a data em que os Antigos gregos celebravam o aniversário de Hércules. E não foi só esses povos mencionados aqui, mas muitos outros povos e religiões que tinham alguém importante que eram venerados no dia 25 de dezembro. Mas em contrapartida a igreja Ortodoxa grega não observa o natal de Jesus no dia 25 de dezembro, e sim a 6 de janeiro, já a igreja Armênia em 16 de janeiro.
O natal de Jesus Cristo foi celebrado pela primeira vez em 25 de dezembro, em Roma no ano 325 da era Cristã. O dia 25 não é apenas um memorial do nascimento de Jesus e sim um dia de troca de presente e de inspiração e renascimento místico.
 Os historiadores hebreus não fizeram nenhuma menção da data do nascimento de Jesus, além disso, é que o dia 25 de dezembro não corresponde com a história Bíblica. Um desses argumentos é que o dia 25 de dezembro cai numa época do ano em que os Pastores não estariam cuidando dos seus rebanhos nos campos por causa do inverno e das tempestades, além do frio. O nascimento de Jesus ocorreu em outra época, muito mais provável que tenha acontecido em abril ( Lindoso), quando é verão na Palestina, e não em dezembro, época em que o forte frio desaconselharia a iniciativa Imperial de realizar o alistamento. O fato de os Pastores estarem no campo na noite da natividade, encontramos mais uma explicação lógica: devido ao intenso calor, os rebanhos eram guardados no aprisco durante o dia e a noite estariam nas campinas pastando, aliás, isto é comum até hoje.
O teólogo Orígenes repudiava a idéia de se festejar o nascimento de Jesus como se Ele fosse um Faraó. O dia 25 de dezembro foi fixado como o dia do nascimento de Cristo no ano 440 d.C. no afã de cristianizar grandes festas pagãs realizada nesse dia como já vimos anteriormente. Não há nenhuma evidência de que Jesus tenha nascido no dia 25 de dezembro, esta data é mais uma questão misticística.
Por: Reginaldo Natur
Referencias:
NATUR, Reginaldo de Sousa. A verdade liberta. Clubedeautores.com, 2013.
SILVA, Milton Vieira da. Festas populares e suas origens. Curitiba-PR: A.D. SANTOS Editora, 2005.

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