quinta-feira, 15 de março de 2012

A MORTE


Há muito tempo, no Tibete, uma mulher viu seu filho, ainda bebê, adoecer e morrer em seus braços, sem que ela pudesse fazer nada. Desesperada, saiu pelas ruas implorando que alguém a ajudasse a encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la, a mulher procurou um mestre budista, colocou o corpo da criança a seus pés e falou sobre a profunda tristeza que a estava abatendo. O mestre, então, respondeu que havia, sim, uma solução para a sua dor. Ela deveria voltar à cidade e trazer para ele uma semente de mostarda nascida em uma casa onde nunca tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu exultante, em busca da semente. Foi de casa em casa. Sempre ouvindo as mesmas respostas. “Muita gente já morreu nesta casa”; “Desculpe, já houve morte em nossa família”; “Aqui nós já perdemos um bebê também.” Depois de percorrer a cidade inteira sem conseguir a semente de mostarda pedida pelo mestre, a mulher compreendeu a lição. Voltou a ele e disse: “O sofrimento me cegou a ponto de eu imaginar que era a única pessoa que sofria nas mãos da morte”.
O primeiro passo para conviver melhor com a ideia da morte é esquecer aquela imagem medieval, um tanto tétrica, de um esqueleto coberto com uma capa preta carregando uma foice afiada na mão. Talvez uma imagem melhor para a morte seja imaginá-la como o fim de uma festa: você já sabia que ela teria que acabar em algum momento. E, pensando bem, talvez não seja de todo mal que a festa termine. Você aguentaria dançar na pista para sempre? Por melhor que seja a música, tem uma hora que seu corpo e sua mente pedem descanso. E aí, talvez, seja o momento mesmo de sair da pista, serenamente, sem traumas, e dar lugar a quem está chegando à festa cheio de gás.
O importante é nos preocuparmos com a vida espiritual, “por que o que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a alma”? (Mt 16.26), pessoas que tem tempo para tudo no mundo, menos para Deus. “Busque o Senhor enquanto se pode achar...” (Is 55.6), é necessário nos arrependermos dos nossos maus caminhos, porque “há caminhos que para o homem parece bom, mas o fim deles é caminho de morte”(Pv 14.12). Pedro disse: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados...” (At 3.19). Quando nós nos afastamos das práticas pecaminosas, coisas que não agradam a Deus, e voltamos para Ele (Deus), não tememos a morte, porque sabemos para onde iremos. E você, para onde irá após a morte física? A escolha é feita enquanto estamos vivos fisicamente. Paulo disse: “A saber: se com tua boca confessares o Senhor Jesus Cristo, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm 10.9). “Quem está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu único Filho para que todo aquele que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Só Jesus Liberta (Jo 8.32,36) e Salva (Lc 19.10).
Por: Reginaldo Natur.
Referência:
Superinteressante essencial, n° 234, 13 dez/2006.
Bíblia Sagrada, SBB, 1995.


Nenhum comentário:

Postar um comentário