Há muito tempo, no Tibete, uma mulher viu
seu filho, ainda bebê, adoecer e morrer em seus braços, sem que ela pudesse
fazer nada. Desesperada, saiu pelas ruas implorando que alguém a ajudasse a
encontrar um remédio que pudesse curar a morte do filho. Como ninguém podia ajudá-la,
a mulher procurou um mestre budista, colocou o corpo da criança a seus pés e
falou sobre a profunda tristeza que a estava abatendo. O mestre, então,
respondeu que havia, sim, uma solução para a sua dor. Ela deveria voltar à
cidade e trazer para ele uma semente de mostarda nascida em uma casa onde nunca
tivesse ocorrido uma perda. A mulher partiu exultante, em busca da semente. Foi
de casa em casa. Sempre ouvindo as mesmas respostas. “Muita gente já morreu
nesta casa”; “Desculpe, já houve morte em nossa família”; “Aqui nós já perdemos
um bebê também.” Depois de percorrer a cidade inteira sem conseguir a semente
de mostarda pedida pelo mestre, a mulher compreendeu a lição. Voltou a ele e
disse: “O sofrimento me cegou a ponto de eu imaginar que era a única pessoa que
sofria nas mãos da morte”.
O primeiro passo para conviver melhor
com a ideia da morte é esquecer aquela imagem medieval, um tanto tétrica,
de um esqueleto coberto com uma capa preta carregando uma foice afiada na mão.
Talvez uma imagem melhor para a morte seja imaginá-la como o fim de uma festa:
você já sabia que ela teria que acabar em algum momento. E, pensando bem,
talvez não seja de todo mal que a festa termine. Você aguentaria dançar na
pista para sempre? Por melhor que seja a música, tem uma hora que seu corpo e
sua mente pedem descanso. E aí, talvez, seja o momento mesmo de sair da pista,
serenamente, sem traumas, e dar lugar a quem está chegando à festa cheio de
gás.
O importante é nos preocuparmos com a
vida espiritual, “por que o que adianta o
homem ganhar o mundo inteiro e perder a alma”? (Mt 16.26), pessoas que tem
tempo para tudo no mundo, menos para Deus. “Busque
o Senhor enquanto se pode achar...” (Is 55.6), é necessário nos
arrependermos dos nossos maus caminhos, porque “há caminhos que para o homem parece bom, mas o fim deles é caminho de
morte”(Pv 14.12). Pedro disse: “Arrependei-vos
e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados...” (At 3.19).
Quando nós nos afastamos das práticas pecaminosas, coisas que não agradam a
Deus, e voltamos para Ele (Deus), não tememos a morte, porque sabemos para onde
iremos. E você, para onde irá após a morte física? A escolha é feita enquanto
estamos vivos fisicamente. Paulo disse: “A
saber: se com tua boca confessares o Senhor Jesus Cristo, e em teu coração
creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo” (Rm 10.9). “Quem está em Cristo, nova criatura é; as
coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2Co 5.17). “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que
deu o seu único Filho para que todo aquele
que nele crê não morra, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16). Só Jesus
Liberta (Jo 8.32,36) e Salva (Lc 19.10).
Por: Reginaldo
Natur.
Referência:
Superinteressante essencial, n° 234, 13
dez/2006.
Bíblia Sagrada, SBB, 1995.
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